Retomada da economia durante a pandemia Covid-19.
Fase a fase e bem a conta-gotas, o desconfinamento tão aguardado chega na terceira fase com esperanças tímidas, face ao impacto económico que o país sofreu em decorrência da pandemia Covid-19.
Desde março de 2020 quando entrou em vigor o primeiro Estado de Emergência, o país não esperava sucessivos períodos de confinamento e, em um ano de pandemia, inúmeros prejuízos em vários setores se instalaram. Turismo, restauração, hotelaria, livros, pequenas lojas, grandes centros comerciais, cultura e muitos mais, sofreram, sofrem e sofrerão ainda por um bom tempo até a normalidade de antes da pandemia.
Depois do confinamento total de mais de três meses por conta do susto do Natal/2020 onde os casos explodiram em Portugal, o desconfinamento gradual tem surtido efeito em relação ao não avanço assustador dos casos, mas… a cada fase de descofinamento concluída, “salta o ar” de alívio na esperança que dias melhores virão.
O desconfinamento a conta-gotas começou em 15 de março e estará concluído em 03 de maio, sujeito a reuniões quinzenais de avaliação do risco da pandemia de covid-19. A cada reunião, um “frio na barriga” se espalha entre todos com a dúvida: “Será que avançamos?”
O critério utilizada para a reabertura é revisto sempre que país ultrapassa 120 novos casos diários por 100 mil habitantes, ou sempre que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapasse o número 1.
Em 15 de março, data que se iniciou a primeira fase de desconfinamento, reabriram as creches, o pré-escolar e as escolas do primeiro ciclo. Também tiveram autorização para reabrir os “ATL”, o comércio ao postigo, os cabeleireiros e estabelecimentos similares, assim como as livrarias, lojas de automóvel, imobiliárias, bibliotecas e os arquivos. Durante o feriado da Páscoa, ainda houve a restrição severa de não se deslocar do próprio concelho.
Na segunda fase, em 05 de abril, regressaram ao ensino presencial segundo e terceiro ciclos e os “ATL” para as mesmas idades. Também nesta fase, reabriram os museus, monumentos, palácios e galerias de arte, além das lojas com até 200 metros quadrados de área, que tenham portas para a rua, assim como regressaram as feiras e mercados não alimentares. As esplanadas voltaram a funcionar para alívios de seus proprietários e daqueles que sonhavam com um cafezinho. Ainda para esta fase, algumas modalidades desportivas, atividades físicas ao ar livre e ginásios, sem aulas de grupo puderam reabrir.
A terceira fase do desconfinamento, muito aguardada em 19 de abril, reabriu as escolas do ensino secundário e as universidades. Na área de entretenimento, cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos e ainda atendimento presencial por marcação nas lojas de cidadão, assim como todas as lojas e centros comerciais.
Na área da restauração, restaurantes, cafés e pastelarias reabriram, porém com restrição de lotação máxima a quatro pessoas no interior e seis pessoas em esplanadas. O horário de funcionamento é até às 22 horas e nos fins de semana, até às 13 horas.
E finalmente, dia 3 de maio, se tudo continuar a correr bem, encerra-se o “conta-gotas do plano de desconfinamento”, autorizando o funcionamento sem restrição de horário, apesar de continuar a limitar a lotação a um total de seis pessoas no interior e 10 na esplanada. Ainda para 3 de Maio, todas as modalidades desportivas estarão liberadas e os ginásios voltam a não ter restrições. Os eventos também estarão permitidos, bem como casamentos e batizados com 50% da lotação.
Segundo estudos relacionados à saúde, este desconfinamento a conta-gotas era necessário, devido ao passo mal dado em dezembro, entretanto, com tantos confinamentos e agora, desconfinamento gradual, fica a pergunta: Como será a retomada económica do país?
Estudos realizados recentemente, revela que o turismo português ainda vai demorar um longo período até a sua recuperação, devido a situação sanitária e o prolongamento das restrições, tanto em Portugal quanto no restante do mundo.
O turismo tem sido muito afetado durante a pandemia, bem como os demais setores que acolhe o turismo: hotelaria, restauração, cultura, etc..
Com as medidas de confinamento e restrições de mobilidade, resultaram numa redução da procura turística por todo o mundo, em especial, viagens internacionais, portanto… se vê uma pequena luz no fundo do túnel no turismo nacional. Que assim seja!