Aumento recorde de endividamento do setor não financeiro.
A pandemia não tem sido fácil para quase ninguém, isso é verdade. As empresas tanto do sector privado quanto do sector público tem vivido uma fase de recessão sem precedentes. Por onde a pandemia passou, em todos os cantos do planeta, suas restrições, medos e inseguranças deixaram e continuam a deixar rastros tristes e desesperadores.
Segundo dados fornecidos pelo Banco de Portugal e empresas que calculam estes índices, o endividamento de vários sectores da economia vem atingindo recordes com valores cada vez mais elevados. O endividamento referente ao sector não financeiro em Portugal, tanto o público quanto o privado, teve um aumento de 14,1 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2021. Este endividamento atingiu 762,5 mil milhões, conforme indicações divulgadas pelo Banco de Portugal.
Os dados do Banco de Portugal -BdP, sinalizaram mais precisamente em abril de 2021, um índice de endividamento de 4,0 mil milhões de euros. Essa subida ocorreu devido ao aumento de 2,5 mil milhões de euros referente ao endividamento do setor público e de 1,5 mil milhões de euros de endividamento contabilizado pelo setor privado. Segundo esses mesmos dados, a justificação sobre o endividamento do setor público, decorreu, principalmente devido aos acréscimos registados por duas vertentes: endividamento junto do sector financeiro e endividamento perante o exterior.
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Evolução do endividamento das empresas em percentagens
As empresas em Portugal sofreram impactos negativos quando se refere ao volume de negócios realizados. Isso se deve à redução das encomendas ou da diminuição dos clientes. Refere-se em percentagem, a 59% e devido às novas medidas de contenção, a percentagem contabilizada é de 56%.
Nestes temas abordados, os sectores que mais foram atingidos devido às restrições causadas pela pandemia foram os sectores de hotelaria e restauração. Infelizmente, a pandemia restringiu os almoços de família, os passeios longos e divertidos, as férias sonhadas, as visitas surpresas, deixando por um longo período, muita gente presa em casa. Para os sectores de hotelaria e restauração, as perdas foram grandiosas, subindo para mais de 80% as percentagens, devido às grandes restrições impostas para estes setores.
Também os sectores de turismo, tiveram impactos negativos devido às restrições impostas pela pandemia, pois se o turista não pode viajar ou se as restrições criam dificuldades praticamente impossíveis de se obedecer, esse sector também fica de pés e mãos atadas, e sofre muito, reflectindo assim uma grande vulnerabilidade do sector face a crise económica mundial.
O sector do Turismo alimenta vários outros sectores
E apesar da esperança estar voltando, o sector do turismo não sairá desta crise acometida pela pandemia da COVID-19 sem sequelas. Para o sector do Turismo, o impacto da Covid-19 foi devastador no início e, mesmo agora com o levantamento das medidas de contenção, ainda demorará um bom tempo para que o turismo volte ao que era.
Viagens suspensas e mesmo quando autorizadas, tem tantas restrições que o turista, principalmente estrangeiro, acaba por desistir, tanto que vários estudos apontam que em termos de recuperação, a tendência é, aos poucos o turismo local começar a se recuperar.
E o turismo é quem alimenta os demais sectores, pois ao viajar, come-se bem, visita-se bons lugares, gasta-se dinheiro e, finalmente chega no fim do dia, para descansar, uma confortável cama tem que estar à tua espera, portanto, é o turismo tem um papel fundamental para a recuperação da economia depois de ultrapassada a crise provocada pela pandemia.